Segundo dia da Semana ABC 2017 começou com mesa sobre montagem

O segundo dia da Semana ABC 2017 começou com a mesa “Planejamento Criativo da Montagem em Ficção e Documentário e suas Intersecções”. Com mediação da montadora e professora de cinema da USP, Maria Dora Mourão, o debate contou com a presença do diretor Jacques Cheuiche, ABC, do Sound Designer e Supervisor de Som Luiz Adelmo Manzano e dos montadores Natara Ney, edt. e Pedro Bronz, edt.

A mesa iniciou com Natara, que falou sobre a importância de compreender a montagem como parte do processo e sobre a necessidade do diálogo entre todos que fazem parte do projeto. O filme é a união de todas as partes e a montagem não pode estar descolada do processo. Além disso, a montadora falou sobre a mudança do analógico para o digital, pensando na quantidade de material que é filmado hoje. Para ilustrar, contou que o primeiro filme que montou tinha 12 horas de material bruto. Já o último 400 horas. Desta forma, falou sobre a importância da organização e planejamento antes de entrar no set de filmagem.

Outro tema mencionado pela mesa foi a importância do som para a montagem. Para Bronz, “sem o som você não pisa na montagem”. O montador explica que muitas ideias vêm através do som e que ele precisa de um desenho sonoro para que a montagem possa funcionar. Além disso, ainda falou sobre os diferentes processos que cada produto audiovisual, ficção, documentário ou televisão, solicitam.

Já Luiz Adelmo trouxe a visão do som para a montagem e também falou da importância do diálogo com o montador, para entender o que ele está propondo e o que o filme pede. O supervisor de som ainda falou das mudanças que a equipe de som está enfrentando e a relação com a tecnologia.

Por último, Cheuiche falou de sua experiência com documentário e contou sobre o seu trabalho com Eduardo Coutinho. Em relação à montagem, lembrou que o montador é refém do material do fotógrafo: “ele queria ter um plano que resolvesse aquele fim, mas não tem porque não filmamos, então ele tem que se virar com o que tem…”.

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