No dia 16 de maio, às 14h, a Semana ABC 2024 recebe a mesa Restauração audiovisual, que contará com a medição do diretor de fotografia Lauro Escorel, ABC.
O debate trará abordagens possíveis a partir do olhar de curadores(as), restauradores(as), diretores de fotografias e técnicos de som, com a participação da cineasta Alice de Andrade, especialista em valorização de patrimônios cinematográficos, do diretor de fotografia Jorge Mario Vera, do mixador e restaurador de som José Luiz Sasso, da restauradora Patrícia de Filippi, do montador e diretor Paulo Sacramento e de Rodrigo Mercês, gerente do Laboratório de Imagem e Som da Cinemateca Brasileira.
A Semana ABC 2024 acontece de 15 a 17 de maio na Cinemateca Brasileira. Faça o seu credenciamento gratuito e conheça a programação completa.
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Conheça as pessoas participantes:
Lauro Escorel: Dirigiu os filmes Fotografação e Sonho Sem Fim e os curtas-metragens Improvável Encontro e Libertários. Dirigiu a série para TV Itinerários do olhar e foi co-diretor do filme A Fera na Selva. Foi diretor de fotografia entre outros filmes de S.Bernardo, Toda Nudez será Castigada, Lucio Flávio, Passageiro da Agonia, Batismo de Sangue, Bye Bye Brasil, Jogo Subterrâneo, Brincando nos Campos do Senhor, Chico-Artista Brasileiro. Nos últimos anos foi responsável pela fotografia de Kobra: auto-retrato, O Pai da Rita e O Lodo. Participa de projetos de restauração de filmes desde 2004. Tendo sido coordenador e supervisor técnico do restauro da obra completa de Leon Hirszman. Trabalhou junto à equipe da Cinemateca Brasileira no restauro de alguns clássicos do nosso cinema; Cabra marcado para morrer de Eduardo Coutinho, Xica da Silva, Os Herdeiros e Chuvas de Verão de Carlos Diegues, Os Fuzis de Ruy Guerra, e Terra em Transe de Glauber Rocha. Atualmente é consultor técnico do laboratorio da Cinemateca Brasileira. Escorel é membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (AMPAS) e um dos fundadores da Associação Brasileira de Cinematografia (ABC) .
Alice de Andrade: Foi assistente de importantes realizadores como Ruy Guerra, Walter Lima Jr., Joaquim Pedro de Andrade, Murilo Salles, André Téchiné, Olivier Assayas, antes de se formar em roteiro na Escuela Internacional de Cinema y TV de Cuba. Escreveu, dirigiu e produziu filmes de ficção e documentário,entre os quais os premiados O DIABO A QUATRO (2004), Prêmio Especial do Júri em Brasília, Melhor Filme no Festival de Cinema Brasileiro de Israel, 3° lugar no Festival Internazionale Delle Donne de Turim, Itália, selecionado para importantes festivais; MEMÓRIA CUBANA (2010), documentário, prêmio Especial do Júri no Festival de Fortaleza e 3° Prêmio Coral no Festival de Havana; e VINTE ANOS (2016), documentário, Prêmio Conterrâneos e Melhor Trilha Sonora no Festival de Brasília. Em 2020, concluiu a série documental AMORES CUBANOS, de 13 episódios de 26 minutos, que produziu, escreveu e dirigiu, indicada ao Prêmio Tal como Melhor Série Documental Latino-Americana. Alice fez Master de valorização de Patrimônios Cinematográficos na Universidade Paris VIII, e foi coordenadora técnica da restauração digital das obras completas de Joaquim Pedro de Andrade, idealizadora e organizadora do 1º Taller de Altos Estudios en Restauración Fílmica na EICTV, promovendo a classificação dos Noticieros ICAIC Latinoamericanos, com direção geral de Santiago Álvarez como Memória do Mundo na UNESCO.
Jorge Mario Vera: Diretor de fotografia. Conservador e restaurador audiovisual e fotográfico. Desde 2003, está envolvido em atividades dedicadas à conservação do patrimônio audiovisual colombiano, assessorando e desenvolvendo processos com entidades como a Fundação Patrimônio Cinematográfico Colombiano, o Arquivo Geral da Nação, o arquivo histórico da Universidade de Rosário, entre outras instituições. Desde 2015, trabalha na Señal Memoria de RTVC, implementando processos de conservação audiovisual, cinematográfica e fotográfica para o arquivo público colombiano. Liderou a restauração de mais de 15 longas-metragens de ficção, 30 documentários e mais de 350 episódios de séries de televisão. É autor do livro La preservación audiovisual en la era de los píxeles (A preservação audiovisual na era dos pixels), professor universitário e diretor de fotografia de mais de 35 filmes.
José Luiz Sasso: Iniciou sua carreira como profissional de som em setembro de 1968 na extinta AIC – Arte Industrial Cinematográfica São Paulo, onde permaneceu até maio de 1971. Em maio de 1971 foi convidado para trabalhar no Departamento de Cinema da TV Cultura de São Paulo onde montou e mixou as produções cinematográficas da emissora. Em 1976, quando foi convidado para trabalhar como Mixador e Gerente Técnico no então recém-inaugurado Estúdio Álamo. Lá ficou até junho de 1993, quando, em sociedade com sua esposa, Denyse Bonás Sasso, fundou o Estúdio JLS onde permanece até o presente momento. Em 1993 foi convidado pela direção da Escola de Comunicações e Artes da Universidadede São Paulo para participar de uma sabatina para ser Professor Colaborador na Cadeira de Áudio para Cinema, lá permanecendo até 1996 quando pediu seu desligamento. Desde o início de sua carreira mixou mais de 390 produções de longas-metragens brasileiros, assim como centenas de filmes de curtas e médias metragens, além de inúmeras peças publicitárias. Foi primeiro Técnico de Mixagens da América do Sul credenciado pela Dolby Laboratories (UK) para mixar filmes no formato “Dolby Stereo”. Atualmente dedica-se na restauração sonora de filmes, com mais de 120 títulos restaurados entre curtas, médias e longas-metragens.
Patrícia de Filippi: Restauradora de Filmes. Diretora criativa na Massapê Audiovisual e Estúdio17
Paulo Sacramento: Paulo Sacramento é cineasta com atuação em diversas funções. Produziu e montou filmes como Amarelo Manga (de Cláudio Assis) e Encarnação do Demônio (de José Mojica Marins). Montou entre outros Chega de Saudade (de Laís Bodanzki), É Proibido Fumar (de Anna Muylaert) e Cronicamente Inviável (de Sérgio Bianchi). Como diretor realizou O Prisioneiro da Grade de Ferro, Riocorrente e O Olho e a Faca. Nos últimos anos tem atuado também no campo da preservação e difusão, resgatando a obra dos cineastas Jairo Ferreira e Aloysio Raulino. Desde 2022 coordenou o projeto de restauro dos principais filmes de José Mojica Marins, em grandioso projeto que culminou com o relançamento mundial desses filmes no início de 2024.
Rodrigo Mercês: Realiza trabalhos em produções audiovisuais desde 2000 e iniciou sua atuação em preservação de filmes no ano seguinte, na Cinemateca Brasileira. Tem trabalhado com restauração de filmes nos últimos 20 anos, sendo a maior parte deles na Cinemateca. Desde a retomada dos trabalhos da Cinemateca em novembro de 2021 é gerente do Laboratório de Imagem e Som. Membro da Comissão Técnica da FIAF – Federação Internacional de Arquivos de Filmes desde 2019 e sócio da ABC – Associação Brasileira de Cinematografia.
SEMANA ABC
A Semana ABC é um evento anual, promovido desde 2002, que tem o objetivo de apresentar ao mercado, estudantes e profissionais do audiovisual novas tendências de trabalho e tecnologias, além de gerar reflexão em torno de temas variados por meio de conferências, painéis e debates, que reúnem profissionais de diversas áreas do setor, do Brasil e do exterior.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CINEMATOGRAFIA
A Associação Brasileira de Cinematografia (ABC), fundada em 2000, reúne profissionais do audiovisual brasileiro. Hoje são cerca de 450 pessoas associadas e uma série de atividades realizadas, como oficinas e master classes. Por meio de um fórum, da Sessão ABC, Prêmio ABC e da Semana ABC procura-se incentivar a troca de ideias e informações a respeito da área, além de dados sobre aperfeiçoamento técnico e artístico.
CINEMATECA BRASILEIRA
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social. O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.