Até este sábado (9), a cidade de Campinas (SP) sedia a primeira edição do Cinegro – Festival de Cinema Negro, dedicado exclusivamente a produções realizadas por pessoas negras. A programação inclui exibição de filmes, mostra competitiva, sessão infantil, debates e uma oficina.
Nesta sexta-feira (8), acontecerá a mostra competitiva. No sábado (9), será realizada uma sessão dedicada a curtas infantis, além de uma oficina com o ator, cinegrafista, professor de cinema e publicitário Daniel de Almeida. O sábado terminará com a premiação dos filmes escolhidos pelo júri especializado nas categorias Melhor Filme e Melhor Interpretação.
O festival tem como objetivo reunir, incentivar e premiar produções negras e afrodiaspóricas, promovendo discussões sobre arte, criatividade, identidade, representação e inclusão. Os filmes participantes foram selecionados por meio de um chamamento público. Apesar dos avanços, ainda há uma significativa escassez de roteiros e produções que priorizem narrativas negras e enfrentem o racismo. Nesse contexto, inspirada pelo projeto “CinePRETO CenaPRETA”, a idealizadora e curadora Andrea Mendes convidou Daniel de Almeida e Gilberto Alexandre Sobrinho (professor livre-docente do Departamento de Multimeios da Unicamp) para compor a curadoria da primeira edição do festival.
O 1º Cinegro conta com recursos da Lei Paulo Gustavo, apoio do Sesc Campinas e suporte educacional do Senac. Mais informações e a programação completa em @festivalcinegro.
CURTA A MOSTRINHA
Até domingo (10), a cidade de Campinas também abriga, pela primeira vez, o projeto “Curta a Mostrinha”, com exibições (em escolas públicas e centros culturais da cidade) de filmes produzidos de Norte a Sul do Brasil.
O objetivo das ações é aproximar o público de 6 a 12 anos da linguagem audiovisual, por meio da exibição de curtas-metragens. Para esta edição, foram selecionados 45 curtas de animação, ficção, videoclipes e documentários. Com destaque para filmes em realidade virtual, os títulos da Mostrinha foram organizados por temáticas como imaginação, memórias, emoções, relações, diferenças e meio ambiente. As obras contam com ferramentas de acessibilidade, como audiodescrição, Libras e LSE.
A iniciativa inclui, ainda, duas oficinas práticas de sensibilização artística, cada uma com 30 vagas, e um show musical voltado ao público infanto-juvenil.
Para Mari Atauri, coordenadora do projeto, o audiovisual é uma ferramenta fundamental na formação do senso crítico das crianças, e é muito gratificante poder apresentar aos jovens filmes produzidos em todo o território nacional. “A observação e a interpretação do mundo de maneira crítica e informada são amplamente desenvolvidas por meio das produções audiovisuais. As imagens, os sons e as narrativas deixam o processo de aprendizagem mais envolvente, acessível e rico”, destaca.
A primeira edição do “Curta a Mostrinha” é realizada com recursos da Lei Paulo Gustavo. Mais informações em @curtaamostrinha e a programação completa, aqui.