Adrian Teijido, Miriam Biderman e Ricardo Reis vencem Prêmio Grande Otelo 2024

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Troféu Grande Otelo, do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro – Foto: Nadja Kouchi/Divulgação

O diretor de fotografia e sócio Adrian Teijido, ABC ganhou o Prêmio Grande Otelo 2024 na categoria Melhor Direção de Fotografia, pelo filme “O Rio do Desejo” (2023), dirigido por Sérgio Machado. Na categoria Melhor Som, a sócia Miriam Biderman, ABC e o sócio Ricardo Reis, ABC levaram um troféu por seus trabalhos em “O Sequestro do Voo 375” (2023), de Marcus Baldini.

Os vencedores e as vencedoras do Prêmio Grande Otelo 2024 foram anunciados na noite desta quarta-feira (28), na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro. “Pedágio”, de Carolina Markowicz, destacou-se com os prêmios de Melhor Longa-Metragem Ficção, Melhor Direção e Melhor Roteiro Original. Já o longa “O Sequestro do Voo 375” levou  o maior número de troféus da noite: seis (veja abaixo a lista completa de premiados).

A cerimônia teve como apresentadores a atriz Dira Paes e o cantor e compositor Toni Garrido. O evento foi transmitido ao vivo para todo o país pelo Canal Brasil e pelo YouTube da Academia Brasileira de Cinema. Foram anunciados 30 prêmios para longas-metragens, curtas e séries brasileiras, sendo 29 produções escolhidas por profissionais associados à Academia Brasileira de Cinema, e o prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular, que teve votação do público pelo site da instituição.

A lista de finalistas desta edição reuniu mais de 200 profissionais, 39 longas-metragens brasileiros, cinco longas ibero-americanos, 15 curtas-metragens brasileiros (cinco de ficção, cinco documentários e cinco de animação); e 16 séries (quatro de animação, cinco documentários e cinco de ficção).

O Cinema Novo foi o grande homenageado da noite, quando se comemoraram os 60 anos do filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), de Glauber Rocha. Com projeções e performances musicais, a cerimônia dirigida por Batman Zavareze e com roteiro de Bebeto Abrantes levou o público a revisitar obras emblemáticas que marcaram a história do Brasil. Representantes do Cinema Novo, os diretores Cacá Diegues, Ruy Guerra, Walter Lima Jr. e Zelito Vianna, assim como a produtora Lucy Barreto, subiram ao palco para receber seus troféus Grande Otelo das mãos de dois icônicos atores do Cinema Novo: Antônio Pitanga (personagem Firmino, de “Barravento”) e Othon Bastos (Corisco, de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”).

A noite de celebração ao movimento, que renovou a linguagem cinematográfica brasileira nos anos 1960 e 1970, contou com performances musicais dos compositores e instrumentistas Pedro Luis e Yuri Queiroga, que apresentaram temas e trilhas como a composição de Sérgio Ricardo para “Deus e o Diabo na Terra do Sol”; e “Joanna Francesa”, canção de Chico Buarque para o filme homônimo de Cacá Diegues. A cerimônia também contou com a performance de Toni Garrido, Pedro Luis, Ava Rocha e Caio Prado interpretando Macunaíma (1975), samba-enredo da Portela, com a intervenção da guitarra de Yuri Queiroga.

A presidente da Academia Brasileira de Cinema, Renata Almeida Magalhães, falou sobre a mudança de nome da premiação, que até o ano passado se chamava Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, e celebrou a importância histórica do Cinema Novo. “Grande Otelo, nosso eterno Macunaíma, passeou das Chanchadas ao Cinema Novo, sem nenhum preconceito e sempre brilhante. E hoje a homenagem da Academia Brasileira de Cinema é ao Cinema Novo, que mudou definitivamente nosso cinema. Orgulho eterno e sempre um farol para que a gente jamais deixe de lembrar o que nosso cinema foi, é e ainda pode ser: aquele que só precisa de uma câmera na mão, uma ideia na cabeça e, claro, muita liberdade”.

O secretário Municipal de Cultura do Rio, Marcelo Calero, esteve na cerimônia e destacou a importância do audiovisual nacional para a expressão da diversidade cultural brasileira. “O Prêmio Grande Otelo é não só um tributo aos profissionais do cinema brasileiro, mas também um símbolo de resiliência de uma indústria que não se curva diante das adversidades”, disse.

Realizado pela Academia Brasileira de Cinema, o Prêmio Grande Otelo 2024 contou com o apoio da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, por meio da RioFilme, órgão que integra a Secretaria Municipal de Cultura, e teve apuração e acompanhamento da PwC Brasil.

Confira, a seguir, a lista completa de vencedores do Prêmio Grande Otelo 2024:

Melhor Longa-Metragem Ficção
“PEDÁGIO”, de Carolina Markowicz

Melhor Direção
CAROLINA MARKOWICZ, por “Pedágio”

Melhor Primeira Direção de Longa-Metragem
SILVIO GUINDANE, por “Mussum, o Filmis”

Melhor Ator de Longa-Metragem
AILTON GRAÇA como Mussum, por “Mussum, o Filmis”

Melhor Atriz de Longa-Metragem
VERA HOLTZ como Virgínia, por “Tia Virgínia”, de Fabio Meira

Melhor Ator Coadjuvante de Longa-Metragem
JORGE PAZ como Nonato, por “O Sequestro do Voo 375”, de Marcus Baldini

Melhor Atriz Coadjuvante de Longa-Metragem
ARLETE SALLES como Vanda, por “Tia Virgínia”

Melhor Longa-Metragem Ibero-americano
LA SOCIEDAD DE LA NIEVE (Espanha, Uruguai, Argentina e Chile)/Ficção – Direção: J.A. Bayona. Indicação: Academia de las Artes y las Ciencias Cinematográficas de España

Melhor Longa-Metragem Voto Popular 
“PÉROLA”, de Murilo Benício

Melhor Roteiro Original
CAROLINA MARKOWICZ, por “Pedágio”

Melhor Roteiro Adaptado
LUSA SILVESTRE e MIKAEL DE ALBUQUERQUE – Adaptado do documentário “Sequestro do Voo 375”, de Constâncio Viana – por “O Sequestro do Voo 375”

Melhor Longa-Metragem Infantil
“TURMA DA MÔNICA JOVEM – REFLEXOS DO MEDO”, de Mauricio Eça

Melhor Ator Série de Ficção para TV Aberta, TV Paga ou Streaming
JULIO ANDRADE como Betinho, por “Betinho – No Fio da Navalha”, de Lipe Binder

Melhor Atriz Série de Ficção para TV Aberta, TV Paga ou Streaming
ALICE CARVALHO como Dinorah, por “Cangaço Novo”, de Fabio Mendonça e Aly Muritiba

Melhor Série Brasileira Ficção, de produção independente, para TV Aberta, TV Paga ou Streaming
“CANGAÇO NOVO”, de Fabio Mendonça e Aly Muritiba

Melhor Curta-Metragem Ficção
“A MENINA E O MAR”, de Gabriel Mellin

Melhor Longa-Metragem Animação
“PERLIMPS”, de Alê Abreu

Melhor Série Brasileira de Animação, de produção independente, para TV Aberta, TV Paga ou Streaming
“ESQUADRÃO DO MAR AZUL”, de Rubens Belli

Melhor Curta-Metragem Animação
“MULHER VESTIDA DE SOL”, de Patrícia Moreira

Melhor Longa-Metragem Documentário
“ELIS & TOM, SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ”, de Roberto de Oliveira e Jom Tob Azulay

Melhor Série Brasileira de Documentário, de produção independente, para TV Aberta, TV Paga ou Streaming
“O CASO ESCOLA BASE”, de Paulo Henrique Fontenelle

Melhor Curta-Metragem Documentário
“THUË PIHI KUUWI – UMA MULHER PENSANDO”, de Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami

Melhor Montagem
LUCAS GONZAGA e GUSTAVO VASCONCELOS, por “O Sequestro do Voo 375”

Melhor Direção de Fotografia
ADRIAN TEIJIDO, ABC, por “O Rio do Desejo”

Melhor Efeito Visual
MARCELO CUNHA e JOAQUIM MORENO, por “O Sequestro do Voo 375”

Melhor Som
SÉRGIO SCLIAR, MIRIAM BIDERMAN, ABC e RICARDO REIS, ABC, por “O Sequestro do Voo 375”

Melhor Direção de Arte
RAFAEL RONCONI, por “O Sequestro do Voo 375”

Melhor Maquiagem
MARI PIN e MARTÍN MACÍAS TRUJILLO, por “Mussum, o Filmis”

Melhor Figurino
CASSIO BRASIL, por “Mussum, o Filmis”

Melhor Trilha Sonora
DADO VILLA-LOBOS, por “Aumenta que é Rock’n’ Roll”, de Thomas Portella

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