O segundo dia da Semana ABC 2024, 16 de maio, finaliza às 18h30 com a mesa “A Direção de Fotografia em projetos de época. Desafios e conceitos”, mediada pelo professor e diretor de fotografia Ruda Ancona Lopez.
A mesa conta com as presenças da diretora de fotografia Fernanda Tanaka e dos diretores de fotografia Fernando Young, Pedro Sotero e Will Etchebehere, que debaterão sobre os desafios que se apresentam à direção de fotografia na criação do conceito estético e da realização prática na produção de filmes de época.
A Semana ABC 2024 acontece de 15 a 17 de maio na Cinemateca Brasileira. Faça o seu credenciamento gratuito e conheça a programação completa.
Clique aqui para assistir no YouTube.
Conheça as pessoas participantes:
Ruda Ancona Lopez – Fotógrafo still e diretor de fotografia cinematográfica, atuando na área da ficção e da publicidade desde a década de 1980. Professor de fotografia cinematográfica no curso de graduação da FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado desde 1993.
Fernanda Tanaka – Diretora de Fotografia nascida em São Paulo, SP. Formada em Cinema e Vídeo pela ECA-USP em 1998, com especialização em Direção de Fotografia, trabalha no cinema desde 1996. Foi assistente de câmera por 16 anos, trabalhando com grandes fotógrafos como Lauro Escorel, ABC, Pedro Farkas, ABC, Dion Beebe, ASC, Lance Acord, ASC, entre tantos outros.
Fernando Young – A trajetória de Fernando Young no mundo da fotografia e cinematografia é uma história cativante de paixão e dedicação. Começando como assistente de fotografia no Rio de Janeiro, ele aprimorou suas habilidades sob a orientação de Luís Garrido antes de se aventurar para a Espanha para aprimorar sua educação. Seu tempo na Escuela de Fotografia de Andaluzia sob a orientação de Tiago da Cruz certamente enriqueceu sua perspectiva artística. De volta ao Brasil, Fernando se imergiu em várias facetas da narrativa visual, desde auxiliar em cinema e fotografia still até eventualmente deixar sua marca como diretor de fotografia. Seus prêmios, incluindo o Grammy Latino pela capa do álbum de Caetano Veloso, falam volumes sobre seu talento e visão criativa. Embora sua jornada profissional o tenha levado a trabalhar em projetos notáveis como a série de TV Sob Pressão e o filme Chacrinha “O Velho Guerreiro” com Andrucha Waddington, o coração de Fernando permanece profundamente conectado à essência da fotografia. Sua paixão por retratos e trabalhos documentais reflete seu amor duradouro por capturar momentos e narrativas genuínas. A história de Fernando Young é um testemunho do poder de seguir a paixão, permanecer fiel às raízes e encontrar realização na arte de contar histórias através da lente.
Pedro Sotero – Pedro Sotero é diretor de fotografia e desenvolveu uma consistente filmografia de curtas, longas-metragens e séries para TV, colaborando com diretores como Kleber Mendonça, Bárbara Wagner, Nara Normande, Joana Jabace, Gabriel Mascaro, Daniel Bandeira, Fellipe Barbosa, Benjamín Naishtat, entre outros. Em sua filmografia, fotografou mais de 15 longas metragens, que incluem quatro seleções oficiais no festival de cinema de Cannes; Aquarius (competição oficial 2016), Gabriel e a Montanha (semana da crítica 2017), Bacurau (competição oficial – prêmio especial do Júri 2019) e Retratos Fantasmas (seleção oficial – special screening 2023); foi vencedor do prêmio de melhor fotografia por ROJO no festival de San Sebastian – SSIFF 2018. Em 2019, trabalhou na pesquisa, roteiro e fotografia do filme instalação Swinguerra, obra selecionada pra representar o Brasil na Bienal de Veneza do mesmo ano. Em 2021 estrearam dois longas-metragens e uma série de TV que fotografou, o longa argentino Coração Errante, de Leonardo Brzezicki, o brasileiro Rio Doce de Fellipe Fernandes e a segunda temporada da série Segunda Chamada de Joana Jabace para o Globoplay. No final de 2022 o longa Propriedade de Daniel Bandeira foi selecionado para mostra Panorama da Berlinale 2023. Ainda em 2023, estrearam mais quatro projetos fotografados por Sotero; o longa documentário Retratos Fantasmas de Kleber Mendonça, (seleção oficial do festival de Cannes), o curta-metragem Fala da Terra de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, o longa de ficção Meu Nome é Gal de Dandara Ferreira e Lô Politi e a série de ficção do Globoplay, Betinho no Fio da Navalha, com direção geral de Lipe Binder, selecionada para a competição oficial da Canneseries. Em 2024 tem estreia prevista do longa de ficção Baby, de Marcelo Caetano.
Will Etchebehere – Atua como diretor de fotografia, operador de câmera, cinematografia aérea em, séries de TV, longa metragem e comerciais. Entre seus trabalhos estão, “Somos Tão Jovens” de Antonio Carlos Fontoura, “Malasartes e o Duelo com a Morte” de Paulo Morelli, “Felizes para Sempre” de Fernando Meirelles, “Reza a Lenda” de Homero Olivetto e “Lili, a Ex”, série da GNT.
SEMANA ABC
A Semana ABC é um evento anual, promovido desde 2002, que tem o objetivo de apresentar ao mercado, estudantes e profissionais do audiovisual novas tendências de trabalho e tecnologias, além de gerar reflexão em torno de temas variados por meio de conferências, painéis e debates, que reúnem profissionais de diversas áreas do setor, do Brasil e do exterior.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CINEMATOGRAFIA
A Associação Brasileira de Cinematografia (ABC), fundada em 2000, reúne profissionais do audiovisual brasileiro. Hoje são cerca de 450 pessoas associadas e uma série de atividades realizadas, como oficinas e master classes. Por meio de um fórum, da Sessão ABC, Prêmio ABC e da Semana ABC procura-se incentivar a troca de ideias e informações a respeito da área, além de dados sobre aperfeiçoamento técnico e artístico.
CINEMATECA BRASILEIRA
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social. O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
