Cinema em Movimento – Circuito Universitário promoverá mais de 400 sessões de filmes e debates em todo o Brasil

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Foi dada a largada para mais uma edição do Cinema em Movimento – Circuito Universitário, que exibirá filmes seguidos de debates em universidades e instituições de ensino de todo o Brasil, entre os meses de agosto e dezembro. Para a realização da mostra, foram selecionados universitários das 26 capitais do país e do Distrito Federal. Eles serão os ‘agentes mobilizadores’ em suas cidades e terão a responsabilidade de organizar um total de 405 sessões presenciais e 135 lives em suas páginas no Instagram.

Com patrocínio da Petrobras, Ministério da Cultura e do Governo Federal, o Cinema em Movimento – Circuito Universitário é realizado desde 2000 pela MPC Filmes, com o objetivo de fomentar, no ambiente acadêmico, o diálogo e a reflexão sobre questões de interesse nacional e histórico abordadas nas obras a serem exibidas. 

Nesta edição, serão exibidos 5 filmes com temáticas ligadas aos Direitos Humanos. Entre eles, os longas Para Onde Voam as Feiticeiras, de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral, Rio, Negro, de Fernando Sousa e Gabriel Barbosa, e Olha Pra Elas,  de Tatiana Sager, além dos curtas-metragens Vãnh gõ tõ Laklãnõ, de Barbara Pettres, Flávia Person e Walderes Coctá Priprá, e Vozes Negras, de Isabela Ferreira, Karime Pereira, Maria Eliane Alves.

Os 27 universitários – ou agentes mobilizadores, oriundos de cursos variados, como Jornalismo, Geografia, Produção Audiovisual, História, Filosofia, entre outros,  serão responsáveis por articular as exibições nas instituições de ensino, divulgar o evento, convidar debatedores para compor as mesas de debates, além de relatar cada sessão. Ao longo de toda a realização do Circuito, os estudantes receberão orientações e estarão sob supervisão da MPC Filmes.

“Acreditamos no poder de informação do cinema. Mais do que uma simples exibição de filmes, a Mostra é um espaço de ampla comunicabilidade, constituindo-se um eficaz instrumento de divulgação e multiplicação de mensagens”, diz Luciana Boal, diretora da MPC Filmes   

As exibições dos filmes são gratuitas e abertas ao público. Após as sessões serão promovidos debates com acadêmicos, pesquisadores, pessoas ligadas a movimentos sociais, culturais e de direitos humanos. Os debates online serão realizados por meio de lives nas páginas dos  agentes mobilizadores e todos os cinco filmes ficarão disponíveis em um link no perfil da MPC Filmes no Instagram (@mpcfilmes). 

O Cinema em Movimento é hoje o maior projeto de difusão não comercial de cinema da América Latina. Organiza circuitos de exibição gratuita de filmes de longa, média e curta-metragem, da recente produção brasileira em espaços públicos, escolas e universidades nas 27 unidades da federação. 

SINOPSES

Longas-metragens

Olha Pra Elas, de Tatiana Sager    (Doc., RS, 2020, 75 min. 14 anos.) 

O documentário acompanha o que Adelaide, Tatiane, Catia, Naiane e Roselaine têm em comum: o fato de serem mães e viverem longe dos filhos, além da condição de estarem aprisionadas. Cada uma dessas histórias de vida, mesmo com suas particularidades, representa uma questão de gênero e a realidade de mais de 40 mil mulheres brasileiras. Através dos relatos das protagonistas, é possível observar as graves consequências das omissões do Estado em relação ao encarceramento feminino, como carência de material de higiene pessoal, deficiências nos atendimentos de assistência social, psicológico e psiquiátrico e a falta de informações sobre os filhos que ficaram do lado de fora.

Para Onde Voam as Feiticeiras, de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral  (Doc., SP, 2024, 88 min. 14 anos.)

Para onde voam as feiticeiras acompanha a deriva de encenações e improvisos de sete artistas pelas ruas do centro de São Paulo em uma experiência cinematográfica que torna visível a persistência de preconceitos arcaicos de gênero e raça no imaginário comum. No centro desta narrativa polifônica está a importância da resistência política através das alianças de luta comum entre coletivos LGBTQIA+, negritude, indígenas e trabalhadores sem teto.

Rio, Negro, de Fernando Sousa e Gabriel Barbosa  (doc., RJ, 2023, 98 min. 12 anos.)

O documentário apresenta um olhar possível para a história do Rio de Janeiro, assentado na presença e contribuição da população negra de origem africana na formação da cidade. A partir de entrevistas e amplo material de arquivo, a narrativa busca desvelar como a população negra forjou trajetórias individuais e laços comunitários em uma cidade-diáspora marcada pelas disputas em torno do projeto “civilizatório” das elites brancas. Rio, Negro confere centralidade a esse debate, articulando o ideário racista, a transferência da capital para Brasília e suas consequências político-institucionais para o Rio de Janeiro.

Curtas-Metragens

Vãnh gõ tõ Laklãnõ (doc., RS, 2022, 25 min. 12 anos.)

De Barbara Pettres, Flávia Person e Walderes Coctá Priprá 

Uma arqueóloga, um poeta, um pastor e kujá, uma professora e um cantor de rap remontam a história do seu povo, os Laklãnõ/Xokleng, habitantes do sul do Brasil: o tempo do mato, a quase extinção, a retomada da língua e da cultura e o protagonismo político.

Vozes Negras (doc., RJ, 2019, 17 min.)

De Isabela Ferreira, Karime Pereira, Maria Eliane Alves,

A partir de entrevistas disponibilizadas pelo acervo CPDOC sobre o movimento negro nacional, o documentário explora o percurso empreendido pelas mulheres negras na militância e a luta contra desigualdades raciais e de gênero, dentro e fora do movimento, agora, protagonistas da própria história.

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