Festival do Rio recebe a Mostra A CINEMATECA É BRASILEIRA

Cinemateca Brasileira Em Sao Paulo 05

Desde agosto, a Cinemateca Brasileira está percorrendo o país com a mostra itinerante A CINEMATECA É BRASILEIRA. Com o objetivo de estreitar os laços da cinemateca com instituições afins e apresentar parte da rica produção audiovisual brasileira, levando uma seleção de títulos importantes para a história do cinema brasileiro. No Rio de Janeiro, a Mostra integra a programação do Festival do Rio com sete títulos, a serem apresentados em sessões gratuitas nas salas Estação Net Rio e Caixa Cultural, de 05 a 15 de outubro.

A mostra A CINEMATECA É BRASILEIRA já passou por Curitiba, Belo Horizonte, Vila Velha e Vitória, e acontece simultaneamente em Recife e João Pessoa, simultaneamente ao Rio de Janeiro. Até dezembro, o evento vai visitar espaços culturais e salas de exibição de Belém (PA), Brasília (DF), Brumadinho (MG) Canaã dos Carajás (PA), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Salvador (BA) e São Luís (MA).

“O Instituto Cultural Vale está ao lado da Cinemateca por entender a importância da casa da produção audiovisual brasileira, uma das maiores instituições do gênero no mundo, que preserva, também, um retrato da nossa própria identidade. Por isso, atuamos, juntos, em iniciativas pela sustentabilidade e modernização do espaço e pela salvaguarda de seu acervo, em especial, a coleção de filmes em nitrato de celulose, de valor inestimável”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, que é patrocinador estratégico da Cinemateca Brasileira.

O evento faz parte do Projeto Viva Cinemateca, lançado em junho, que reúne os grandes projetos da Cinemateca voltados à recuperação de importantes acervos, além da modernização de sua sede e infraestrutura técnica.

“Com o compromisso constante de transformar vidas, entendemos ser fundamental o fomento à cultura como ponte para o desenvolvimento e a cidadania. O papel que a Cinemateca tem para a construção, fortalecimento e memória do audiovisual brasileiro é inestimável e poder contribuir para um projeto como esse é o nosso legado de parceria junto à sociedade brasileira”, comenta Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil, patrocinadora master do projeto Viva Cinemateca.

CURADORIA DE FILMES

Para o Rio de Janeiro, a curadoria da Cinemateca Brasileira preparou uma seleção de sete filmes que perpassam diferentes momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas, demonstrando a riqueza do cinema brasileiro ao longo dos mais de 120 anos de história.

Dos primeiros tempos do cinema brasileiro, estão São Paulo: a sinfonia da metrópole (Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny, 1929), que sintetiza sua vocação para o documentário. O desejo de estabelecer uma indústria cinematográfica forte no Brasil, que culmina na fundação dos estúdios Atlântida e Vera Cruz, pode ser visto na superprodução da Vera Cruz O cangaceiro (Lima Barreto, 1953). Cinco vezes favela (Marcos Farias; Carlos Diegues; Miguel Borges; Joaquim Pedro de Andrade; Leon Hirszmann, 1962) mostra a preocupação do Cinema Novo em representar a classe trabalhadora e as desigualdades sociais.

Macunaíma(1969), de Joaquim Pedro de Andrade, cineasta associado ao Cinema Novo, se afasta das propostas do movimento para realizar um filme influenciado pelo tropicalismo, baseado na obra clássica de Mário de Andrade. Integra a seleção um filme de grande impacto nos anos 1980: o documentário Cabra marcado para morrer (Eduardo Coutinho, 1984).

Dois títulos integram a programação da Mostra no Festival do Rio: Os homens que eu tive, de Tereza Trautman e Super Fêmea, de Aníbal Massaini, realizados em 1973.

EXPOSIÇÃO A CINEMATECA É BRASILEIRA

Com curadoria da Cinemateca Brasileira e da Sociedade Amigos da Cinemateca, a exposição, que reconta os mais de 70 anos de história da instituição ficará no Estação Net Rio até o dia 15.

A exposição acompanha a mostra de filmes em 15 cidades do país, apresentando uma linha do tempo construída por meio de cerca de 200 imagens – documentos, fotografias, cartazes e frames de filmes, além de recursos de realidade aumentada. O projeto expográfico é assinado por Renato Theobaldo.

É um convite à imersão nas camadas da trajetória da Cinemateca Brasileira, que se misturam aos feitos e às agruras do cinema brasileiro e, ao mesmo tempo, evocam os avanços e retrocessos do país.

PROJETO VIVA CINEMATECA

O Viva Cinemateca foi lançado em junho como continuidade ao processo de retomada iniciado no ano passado. O projeto pretende ampliar e modernizar a Cinemateca Brasileira, fazendo com que ela ocupe definitivamente o seu relevante lugar na história do cinema brasileiro. Está prevista a ampliação dos espaços de laboratórios da instituição, garantindo que mais filmes e documentos possam ser preservados. Assegura-se, dessa maneira a sobrevivência de mais de 120 anos de história do cinema e do Brasil. Outra importante frente do projeto contempla o restauro das edificações históricas, melhorando as instalações disponíveis para o público. Desde 1997, a Cinemateca Brasileira está instalada em seu prédio atual: uma valiosa edificação em tijolos aparentes, remanescente da arquitetura industrial de São Paulo do século 19.

Além da mostra A CINEMATECA É BRASILEIRA, as ações de difusão também incluíram o FESTIVAL CULTURA E SUSTENTABILIDADE, nos dias 10 e 11 de julho, e a MOSTRA POVOS ORIGINÁRIOS DA AMÉRICA LATINA, de 11 a 16 de julho.

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