ABC e Cinemateca Brasileira realizam entre os dias 15 e 17 de maio a Semana ABC 2024.
O último dia da Semana ABC 2024, 17 de maio, começou com a mesa “O Som no Streaming”, que contou com mediação do editor e supervisor de som Luiz Adelmo Manzano. Com participação do mixador Caio Guerin, da técnica de som direto Carol Barranco e do engenheiro de conteúdo do departamento de vendas da Dolby América Latina, Giovanni Asselta, a mesa apresentou, a partir das diferentes etapas do trabalho com o som – da captação à mixagem – sobre referências e padrões de obras que serão exibidas nas mais diversas plataformas.
Na continuação, foi a vez da mesa “Ensino no audiovisual hoje: métodos e atualidades”, mediada pelo diretor de fotografia e professor da pós-graduação do Senac, Luís Villaça, que a teve a participação do diretor de fotografia Affonso Beato, do técnico de som diretor e editor de som Renan Chaves, da professora de montagem da FAAP Silvia Hayashi e da diretora de arte Vera Hamburger. Desde diferentes experiências, cada participante trouxe provocações e suas experiências sobre o momento atual do ensino do cinema.
Já a mesa “Olhares para o Cinema Latino-americano”, mediada pelo diretor de fotografia Llano, ABC, contou com cineasta e montadora Coti Donoso, com o professor da pós-graduação em Multimeios da Unicamp, Ignácio Del Valle Dávila, e o cineasta e montador Renato Vallone. Para entender as questões fundamentais para compreender a identidade do cinema latino-americano, o debate abordou temas como as vivências específicas da região, como o colonialismo e as ditaduras, influenciam as nossas realidades, bem como a padronização do olhar e ouvir por uma construção hegemônica de imagens pode ser desconstruída pelas produções e interpretações latino-americanas.
A última mesa da Semana ABC 2024 trouxe o tema “Direção de Arte: O desenho da figura em cena”, mediada pelo diretor de arte Fabio Goldfarb e com a participação das maquiadoras Anna Van Steen e Denise Borro e das figurinistas Cris Rose e Verônica Julian. A mesa iniciou com uma linda homenagem à produtora de objetos Tatiana Stepanenko, narrada pela diretora Daniela Thomas. O foco do encontro foi o processo de construção de personagens a partir da vivência e do olhar do figurino e da caracterização. A partir das vivências das profissionais presentes, se discutiu os processos, as nuances, a importância e os desafios encontrados. Sem figurino e maquiagem não há audiovisual.
SEMANA ABC
A Semana ABC é um evento anual, promovido desde 2002, que tem o objetivo de apresentar ao mercado, estudantes e profissionais do audiovisual novas tendências de trabalho e tecnologias, além de gerar reflexão em torno de temas variados por meio de conferências, painéis e debates, que reúnem profissionais de diversas áreas do setor, do Brasil e do exterior.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CINEMATOGRAFIA
A Associação Brasileira de Cinematografia (ABC), fundada em 2000, reúne profissionais do audiovisual brasileiro. Hoje são cerca de 450 pessoas associadas e uma série de atividades realizadas, como oficinas e master classes. Por meio de um fórum, da Sessão ABC, Prêmio ABC e da Semana ABC procura-se incentivar a troca de ideias e informações a respeito da área, além de dados sobre aperfeiçoamento técnico e artístico.
CINEMATECA BRASILEIRA
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social. O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.